Crianças, adolescentes, adultos e idosos. Todos estão a mercê de um dia precisarem de medicamentos. Quando se trata de saúde, o uso correto deles deve ser uma preocupação de quem necessita e dos que os fornecem. Para as pessoas que freqüentam farmácias, por exemplo, a orientação de um profissional é indispensável. E é exigência da lei que todo estabelecimento possua um farmacêutico responsável.

A função deste profissional é de fazer o acompanhamento das precisões médicas, verificar se a dosagem está correta e orientar como o paciente deve tomar cada tipo de medicamento. Além disso, ele precisa estar inteirado sobre quais tipos estão enquadrados dentro do grupo cuja legislação exige uso controlado.

Engana-se quem pensa que um profissional deste ramo não requer muita formação. Pelo contrário, assim como em muitos outros setores, ela é exigência legal e tem cursos específicos. A farmacêutica Claissa Steckrt, responsável por um estabelecimento no Centro de Brusque, precisou de três anos e meio de estudos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exatamente no curso de farmácia, além de outros doze meses de especialização em bioquímica.

Mas quem fiscaliza para saber se os estabelecimentos farmacêuticos possuem profissionais responsáveis e qualificados para a função?

De acordo com Wilson Roberto, do Conselho de Farmácias de Blumenau, o trabalho de fiscalização dos estabelecimentos é permanente. Durante toda semana, um grupo de seis fiscais fazem esse serviço pelo estado. Número pequeno perto de toda cadeia de farmácias existentes em Santa Catarina.

O escritório de Blumenau é responsável pela uma área que inclui Brusque. Wilson destaca que a entidade da assistência a  18 municípios. “O trabalho desenvolvido é excelente e isso não é uma realidade em todo estado, mas nos últimos anos tem evoluído significativamente”.

Porém, se o número de fiscais dos conselhos de farmácias é pequeno, os municípios contam com um reforço no sentido de averiguar se os estabelecimentos possuem a presença de um responsável. Lucie Herta Hilbert, da vigilância sanitária de Brusque, afirma que o órgão tem esta prerrogativa também.

Segundo ela, dentro do município existem 44 drogarias. O trabalho da vigilância abrange a verificação de situações que vão desde o monitoramento da parte estrutural das farmácias até os medicamentos. “Também fiscalizamos se o farmacêutico está no estabelecimentos, por exemplo”, explica ela.

Lucie frisa que, em 2010, foi estabelecida uma parceria entre a vigilância sanitária local e o Conselho de Farmácias. Justamente para facilitar o trabalho e dar mais agilidade quando da existência de alguma irregularidade. “O conselho de farmácia tem uma parceria com a vigilância sanitária e fazemos esse serviço”. 

A parceria surgiu após algumas regiões com os proprietários das farmácias. O motivo seriam problemas dos estabelecimentos de aviamento e armazenamento de medicamentos controlados. 

“Foi feito um longo trabalho e hoje conquistamos o respeito novamente da vigilância sanitária”, comenta Lucie.